quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Saúde oferece duas novas vacinas para crianças

A partir do segundo semestre, serão introduzidas as vacinas pentavalente e a pólio inativada. A campanha nacional contra pólio, com as gotinhas, será mantida
O Brasil está se preparando para a erradicação mundial da pólio. Neste ano, o país amplia o Calendário Básico de Vacinação da Criança com a introdução da vacina injetável contra pólio, feita com vírus inativado. A nova vacina será utilizada no calendário de rotina, em paralelo com a campanha nacional de imunização, essa realizada com as duas gotinhas da vacina oral. A injetável, no entanto, só será aplicada para as crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.
Outra novidade para 2012 será a vacina pentavalente, que reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B).  Atualmente, a imunização para estas doenças é oferecida em duas vacinas separadas. 
A introdução da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), com vírus inativado, vem ocorrendo em países que já eliminaram a doença. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no entanto, recomenda que os países das Américas continuem utilizando a vacina oral, com vírus atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, o que garante uma proteção de grupo. O vírus ainda circula em 25 países. O Brasil utilizará um esquema sequencial, com as duas vacinas, aproveitando as vantagens de cada uma, mantendo, assim, o país livre da poliomielite. A VIP será aplicada aos dois e aos quatro meses de idade e a vacina oral será utilizada nos reforços, aos seis e aos 15 meses de idade.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que o Ministério da Saúde está trabalhando para ampliar o número de vacinas combinadas, que reúne a proteção a mais de uma doença em uma mesma apresentação. “Com isso, temos o beneficio de melhorar a administração da vacina em crianças com dois ou três anos”, diz.
AGENDA – A VIP será introduzida no calendário básico a partir do segundo semestre desse ano. As campanhas anuais contra poliomielite também serão modificadas a partir de 2012. Na primeira etapa - a ser realizada em 16 de junho - tudo continua como antes: todas as crianças menores de cinco anos receberão uma dose de VOP, independente de terem sido vacinadas anteriormente. Na segunda etapa - que ocorrerá em agosto -  todas as crianças menores de cinco anos devem comparecer aos postos de saúde, levando o Cartão de Vacinação. A caderneta será avaliada para a atualização das vacinas que estiverem em atraso. Essa segunda etapa será chamada de Campanha Nacional de Multivacinação, possibilitando que o país aumente as coberturas vacinais, atingindo as crianças de forma homogênea, em todos os municípios brasileiros.
Esquema sequencial da vacinação contra poliomielite
Idade
Vacina
2 meses
Vacina Inativada poliomielite - VIP
4 meses
VIP
6 meses
Vacina oral poliomielite (atenuada) - VOP
15 meses
VOP




Pentavalente: A inclusão da vacina pentavalente no calendário da criança também será feita a partir do segundo semestre de 2012. A pentavalente combina a atual vacina tretavalente (difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza tipo b) com a vacina contra a hepatite B. Ela será produzida em parceria com os laboratórios Fiocruz/Bio-Manguinhos e Instituto Butantan. As crianças serão vacinadas aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade.
Com o novo esquema, além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro a partir dos 12 meses e, o segundo reforço, entre 4 e 6 anos. Além disso, os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatibe B nas primeiras 12 horas de vida para prevenir a transmissão vertical.
Heptavalente - No prazo de quatro anos, o Ministério da Saúde deverá transformar a pentavalente em heptavalente, com a inclusão das vacinas inativada poliomielite e meningite C conjugada. “As vacinas combinadas possuem vários benefícios, entre eles o fato de reunir, em apenas uma injeção, vários componentes imunobiológicos. Além disso, os pais ou responsáveis precisarão ir menos aos postos de vacinação, o que poderá resultar em uma maior cobertura vacinal”, observa o ministro Alexandre Padilha.
A vacina heptavalente será desenvolvida em parceria com laboratórios Fiocruz/Bio-manguinhos, Instituto Butantan e Fundação Ezequiel Dias. A tecnologia envolvida é resultado de um acordo de transferência entre o Ministério da Saúde, por meio da Fiocruz, e o laboratório Sanofi.
Fonte: Ministério da Saúde

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Resultados da VIGEP 2011



A VIGEP tem como propósito fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde, tendo a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a sua ocorrência, bem como dos fatores condicionantes em uma área geográfica ou população determinada. Ser instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas correlatas.

São funções da VIGEP:
  • Análise e acompanhamento do comportamento epidemiológico das doenças e agravos;
  • Participação na formulação de políticas, planos e programas de saúde;
  • Implantação, gerenciamento e operacionalização dos sistemas de informação epidemiológicos para a análise da situação de saúde municipal;
  • Investigação epidemiológica;
  • Execução de medidas de controle;
  • Estabelecer diretrizes, normas e procedimentos padronizados em VE;
  • Identificação de novos agravos prioritários para a VE;
  • Definir padrões de qualidade de assistência;
  • Educação continuada aos profissionais de saúde;
  • Elaboração e difusão de boletins epidemiológicos.
As informações aqui apresentadas, foram consolidadas através dos relatórios semanais, mensais e dos sistemas de informação da Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde (SESAB) e Ministério da Saúde.

 O período revisado das Buscas Ativas no município foi de 20/12/10 a 29/12/11, sendo realizada através de prontuários médicos e de enfermagem, entrevistas na comunidade e com profissionais médicos, de enfermagem, Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias e visitas domiciliares . 
Doenças Exanemáticas
  • Período revisado: 28/12/10 a 29/12/11
  • Nº de buscas realizadas: 27.333
  • Entrevistas na comunidade: 273
  • Visitas domiciliares: 234
  • Nº de casos encontrados: 0 
PFA – Paralisia Flácida Aguda
  • Período revisado: 20/12/10 a 29/12/11
  • Nº de buscas realizadas (em prontuários): 22.792 
  • Nº de PFA encontrada: 0  
Tétano Neonatal
  • Período revisado: 28/12/10 a 29/12/11
  • Nº de prontuários revisados: 209 
  • Nº de casos encontrados: 0 
 Tétano Acidental
  • Período revisado: 28/12/10 a 29/12/11
  • Nº de prontuários revisados: 30.599
  • Nº de casos encontrados: 0
§   
 O MDDA (Monitoramento das Doenças Diarréicas Agudas), tem como objetivo identificar mudanças no comportamento das doenças diarréicas agudas e deflagrar a vigilância epidemiológica para a possibilidade de ser cólera ou outra causa e proceder a devida investigação.
Foram monitorados 694 casos de diarréia no município. Não houve surto em nenhuma localidade da cidade, descartando-se também casos suspeitos de cólera, de acordo com a sintomatologia apresentada pela população. O monitoramento foi realizado da 1ª a 52ª semana epidemiológica.


                                 Segundo a faixa etária, fica assim distribuída:

Faixa etária
Nº de casos monitorados
< 01 ano
106
01 a 04 anos
187
05 a 09 anos
50
10 anos e +
335
Ignorado
16
Total
694

                                Segundo o Plano de Tratamento utilizado:
Plano de tratamento
Nº de casos tratados
Plano A
677
Plano B
14
Plano C
02
Outras Condutas
01
Total
694

 
A vigilância epidemiológica municipal, mantém a Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinais, com a finalidade de subsidiar a adoção de medidas de segurança oportunas que assegurem a melhor relação benefício-risco para a população vacinada. O município tem 05 (cinco) salas de vacinas cadastradas e todas são capacitadas para a realização de notificação dos EAPV.
Ao todo, foram notificados 06 (seis) casos de EAPV, sendo 04 eventos causados pela vacina BCG, 01 caso devido a DPT e 01 caso pela vacina contra a Febre Amarela.

§  


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Casos de Aids aumentam 150% na Bahia

Nos últimos três anos, foram registrados 3.614 novos casos de Aids na Bahia, de acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado. Somente em 2010, houve um crescimento de 155% em relação ao ano anterior, totalizando 1.976 casos. Este ano, até agosto, foram identificados 864 pacientes com o vírus HIV.
Além do número de incidências da doença, que apresentou um acréscimo principalmente em 2010, há outros dados que chamam a atenção. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal da Bahia, com 1241 pessoas, 50% dos pacientes de HIV Aids têm acesso tardio aos serviços de saúde, o que diminui a expectativa de vida. Outros 40,3% levam até três meses para ter a primeira consulta médica e apenas um quarto chega aos serviços públicos de saúde, um mês após o diagnóstico.
A coordenadora da pesquisa, a cientista baiana Inês Dourado, afirma que o acesso tardio é hoje uma das principais preocupações na luta contra a epidemia de Aids. “Tem impacto no curso clínico da infecção, na efetividade do tratamento, na qualidade de vida dos pacientes, no risco de morte e nos custos para o sistema de saúde”, disse.
A cientista, que nesta semana está recebendo a professora americana Sofia Gruskin, da Universidade de Havard, recomenda que sejam realizados esforços adicionais para assegurar a disponibilidade de serviços de diagnóstico precoce da infecção com mecanismos que garantam a referência para os serviços de assistência em HIV/Aids em Salvador. Ela também sugere o aumento do número de serviços especializados em assistência a para pessoas que vivem com a doença na capital baiana e maior disponibilidade de informações sobre diagnóstico e assistência.
Medo do teste
Apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico gratuito através de testes realizados a partir da coleta de uma amostra de sangue em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) de forma anônima. Entretanto, a falta de informação é um dos maiores aliados do acesso tardio ao tratamento da doença, segundo a coordenadora de DST/Aids da Secretaria da Saúde do Estado, Jeane Magnavita. "Outro fator é o medo que o paciente tem de fazer o teste", afirmou. 
Magnavita alerta ainda para um fenômeno que ocorre desde o início dos anos 2000 que é a negligência - principalmente dos mais jovens - no que se refere ao uso de preservativos. "Com a difusão das informações de que os coquetéis de medicamentos ampliam a expectativa de vida dos portadores de HIV, muita gente deixou de usar camisinha. As pessoas estão achando que a Aids não mata, mas ela continua sendo uma doença letal", explica.
Fonte: Site UOL / Notícias

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Novas vacinas reduzem internações por pneumonia

Estudo mostra que a introdução das vacinas contra Influenza A (H1N1) e da anti-pneumocócica no calendário de vacinas obteve impacto positivo na redução das hospitalizações por pneumonia
Levantamentos preliminares do Ministério da Saúde, e publicadas no estudo Saúde Brasil 2010, comprovam impacto significativo das vacinas contra a Influenza A (H1N1) e anti-pneumocócica na redução de internações por pneumonia nos hospitais do Sistema Único de Saúde. A avaliação foi feita em dez municípios: São Paulo, Salvador, Recife, Curitiba, Goiânia, Fortaleza, Manaus, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre, e considerando dois períodos – de 2005 a 2008 e os anos de 2009 e 2010 (antes e depois da pandemia de influenza). Em 2010, a vacina pneumocócica conjugada foi introduzida no calendário básico de imunização infantil (menores de 2 anos) e o Brasil vacinou mais de 88 milhões de pessoas contra a influenza H1N1.Neste ano, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra influenza. Além de idosos e populações indígenas, atendidos desde 1999, passaram a ser imunizadas crianças entre seis meses e dois anos, gestantes e profissionais da saúde.
As pneumonias são responsáveis por altas taxas de internações e mortalidade, especialmente entre crianças menores de cinco anos. Cerca de 15 milhões de crianças são hospitalizadas por ano, por pneumonia, em países em desenvolvimento. A doença figura como uma das principais causas de mortalidade infantil e das principais causas de morte prevenível por vacinação em crianças sendo responsável por cerca de 20% dos 8,8 milhões de óbitos anuais em todo o mundo. O pneumococo contribui com percentual entre 60% e 75% das pneumonias bacterianas.
A pneumonia é uma importante causa de hospitalização no SUS. Em 2009, o número de hospitalizações por pneumonia no Brasil cresceu cerca de 20% - em maio deste ano foi notificado o primeiro caso de H1N1. O monitoramento das internações por influenza e pneumonia é um dos componentes do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Influenza no Brasil que tem como objetivo avaliar a tendência desse problema e identificar eventuais mudanças no seu padrão de ocorrência.
A queda no número de hospitalizações por pneumonia após a campanha de vacinação contra a Influenza H1N1 e a introdução da vacina anti-pneumocócica na rotina de vacinação das crianças, ambas em 2010, pode ser observada na tabela abaixo.  Em todos os municípios estudados, as maiores coberturas para a vacina H1N1 foram em menores de 2 anos, seguida dos adultos jovens (20 a 39 anos). O maior impacto na redução de hospitalizações por pneumonia em menores de 2 anos foi em Curitiba (redução de 34%) onde ambas as vacinas apresentaram as maiores coberturas vacinais.
INTERNAÇÕES- A redução de internações por pneumonia observada na faixa etária de 6 meses a menores de 2 anos provavelmente está associado às duas vacinas (anti-pneumocócica e contra a influenza H1N1). Como dito anteriormente, a maior redução foi observada em Curitiba, seguida por Fortaleza (31,1%), Goiânia (29,9%), Recife (21,7) e Porto Alegre (19,5%). As demais faixas etárias receberam apenas a vacina contra a influenza H1N1. Na faixa etária que vai de 2 a 4 anos a maior redução também foi em Curitiba (23%) coincidindo com a maior cobertura vacinal, seguida de Fortaleza (20,3%), Recife (19%) e Goiânia (7,2%). Os adultos jovens (20 a 29 e 30 a 39 anos) também foram vacinados contra influenza H1N1, era o grupo mais afetado pela gripe pandêmica. Na faixa etária de 20 a 29 anos a maior redução foi em Recife (52%), seguida de Curitiba (46,9%), Goiânia (45,5%) e São Paulo (37%). A redução entre os adultos de 30 a 39 anos foi maior em Recife (34,3%), seguida por Fortaleza (33%) e Curitiba (31,7%). As outras faixas etárias não faziam parte do público-alvo prioritário, foram vacinados apenas em situações especiais – obesidade mórbida, doença crônica, doença respiratória, entre outras.
CONCLUSÃO- O estudo comprova, embora curto espaço de tempo, o rápido impacto das duas vacinas nas internações no ano de 2010. A comprovação atesta o que já foi observado em outros países onde a vacina anti-pneumocócica foi introduzida no calendário vacinal. O estudo brasileiro de avaliação do impacto das duas vacinas continuará, ampliando o período observado e as técnicas estatísticas, com isso, a expectativa é de que as avaliações sejam mais precisas e aprofundadas com um período maior de seguimento sobre impacto das vacinas na redução das internações por pneumonia.
Fonte: Site do Ministério da Saúde

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Secretaria de Saúde de Belém, identifica surto do mal de Chagas

A Secretaria de Saúde de Belém identificou um surto do mal de Chagas na cidade. A principal suspeita de transmissão da doença recai sobre a contaminação da fruta mais consumida no Pará, o açai.
Este ano, 41 casos foram confirmados em Belém. Mais da metade, só em outubro. O número é quase três vezes maior do que o registrado em todo o ano passado. No estado, 85 pessoas ficaram doentes este ano. Dez morreram.
"É extremamente preocupante, eu diria vergonhoso, nós termos uma mortalidade desse tipo. Porque nem mesmo nas regiões hiperendêmicas de doença de Chagas no Brasil e na América do Sul se via quadros tão graves como esse”, avalia Aldo Valente, do Instituto Evandro Chagas.
Equipes de saúde estão investigando, caso a caso, para tentar descobrir como os pacientes foram infectados. Só em um bairro da periferia de Belém, nove pessoas tiveram a doença de Chagas depois de tomar açaí em quatro pontos de venda na região. Nesta terça-feira (25), a Vigilância Sanitária interditou os estabelecimentos. 

Fonte: Site G1 / Jornal Nacional


Dário Meira realiza um bom trabalho na área de Combate às Endemias. Conta com uma equipe de 10 (dez) Agentes de Combate às Endemias (ACE), sendo 01 (um) fixo no distrito de Planalto Íris. Dentre os Agentes, 01 (um) faz o acompanhamento mensal dos PITs ( Posto de Informação de Triatomíneos) nas localidades específicas, onde estão instalados. São 12 (doze) PITs instalados no município, sendo 01 na sede, distrito de Planalto Íris, Ponto Novo e demais nas regiões da zona rural (Terra Seca, Buri, Lagoão, Jaguarana, Recreio, Rio dos Índios, Água Branca, Lagoinha e Riachão). 
Os PIT’s são uma estratégia de vigilância passiva dos vetores da doença de Chagas que facilita o acesso dos moradores às ações de Vigilância em Saúde. Os PIT’s tem como função o recebimento de insetos suspeitos de serem barbeiros trazidos por membros da comunidade local (morador/colaborador) ao notificante que é o responsável pelo PIT. Este entrega o inseto a um agente de saúde que encaminhará para identificação e, posteriormente, se necessário, organizará a inspeção detalhada da unidade domiciliar e a aplicação de inseticida.
O notificante ou informante pode ser um Agente de Saúde da Família, morador ou comerciante da comunidade, enfim, uma pessoa que seja referência na localidade e que se dispõe, voluntariamente, a receber os insetos e entregá-los aos servidores da Vigilância Municipal.








DOENÇA DE CHAGAS

Doença causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes de um inseto (triatoma) conhecido como barbeiro. O nome do parasita foi dado por seu descobridor, o cientista Carlos Chagas, em homenagem ao também cientista Oswaldo Cruz. Segundo os dados levantados pela Sucen, esse inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras.

Transmissão

A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado (gambás ou pequenos roedores). A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que ali deixou.
A transmissão pode também ocorrer por transfusão de sangue contaminado e durante a gravidez, da mãe para filho. No Brasil, foram registrados casos da infecção transmitida por via oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído. Embora não se imaginasse que isso pudesse acontecer, o provável é que haja uma invasão ativa do parasita diretamente através do aparelho digestivo nesse tipo de transmissão.

Sintomas

Febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos (sinal de Romanã), aumento do fígado e do baço são os principais sintomas. Com frequência, a febre desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que lhe aconteceu, embora o parasita já esteja alojado em alguns órgãos.
Como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença, 20, 30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina. Meningite e encefalite são complicações graves da doença de Chagas na fase aguda, mas são raros os casos de morte.

Evolução
Caindo na circulação, o Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço. Depois se localiza no coração, intestino e esôfago. Nas fases crônicas da doença, pode haver destruição da musculatura e sua flacidez provoca aumento desses três órgãos, o que causa problemas como cardite chagásica (aumento do coração), megacólon (aumento do cólon que pode provocar retenção das fezes) e megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos alimentos ingeridos. Essas lesões são definitivas, irreversíveis. A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras.

Tratamento
A medicação é dada sob acompanhamento médico nos hospitais devido aos efeitos colaterais que provoca, e deve ser mantida, no mínimo, por um mês. O efeito do medicamento costuma ser satisfatório na fase aguda da doença, enquanto o parasita está circulando no sangue. Na fase crônica, não compensa utilizá-lo mais e o tratamento é direcionado às manifestações da doença a fim de controlar os sintomas e evitar as complicações.

Recomendações
* Como não existe vacina para a doença de Chagas, os cuidados devem ser redobrados nas regiões onde o barbeiro ainda existe, como o vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, e em algumas áreas do nordeste da Bahia;
* Pessoa que esteve numa região de transmissão natural do parasita deve procurar assistência médica se apresentar febre ou qualquer outro sintoma característico da doença de Chagas;
* Portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue;
* A cana-de-açúcar deve ser cuidadosamente lavada antes da moagem e a mesma precaução deve ser tomada antes de o açaí ser preparado para consumo;
* Eliminar o inseto transmissor da doença ou mantê-lo afastado do convívio humano é a única forma de erradicar a doença de Chagas.
Fonte: Site Dráuzio Varella

CICLO DA DOENÇA DE CHAGAS
                                                          Imagem do Site da Fiocruz

BARBEIRO

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Campanha de Vacinação Contra a Raiva Animal - 2011

A Campanha de Vacinação Contra a Raiva Animal teve início dia 21 de outubro e término previsto para 23 de novembro de 2011. O objetivo da Campanha é eliminar os casos de Raiva Humana no Estado da Bahia oriundos da Raiva em cães e gatos.Para tanto, é necessário vacinar no mínimo 80% da população canina e felina. 
Em Dário Meira, a meta é vacinar 1.604 cães e 353 gatos. Equivalente a 1.957 animais, da zona urbana, rural e distritos. Hoje, foi realizada a vacinação em Acaraci, com resultado satisfatório. Porém, com o tempo chuvoso não há possibilidade de cumprir o cronograma na íntegra, impossibilitando o deslocamento da equipe. Um novo agendamento deverá ser feito para concluir as regiões.
A raiva é uma zoonose de etiologia viral transmitida ao homem por meio de mordedura, lambedura ou arranhadura de mamíferos doentes, com letalidade de aproximadamente 100%. Os principais reservatórios são os cães, gatos, saguis e morcegos.
A melhor forma de prevenir é vacinar todo ano, cães e gatos contra a raiva.
Alguns sintomas da raiva no animal: agressividade sem nenhum motivo; dificuldade para engolir água; o som do latido fica diferente; fica sensível a claridade, buscando lugares escuros e as pernas ficam sem movimentos.
As pessoas agredidas por esses animais devem procurar a Unidade de Saúde mais próxima, para que o profissional de saúde faça avaliação do caso e adotar a conduta de acordo ao protocolo do Ministério da Saúde.



sábado, 15 de outubro de 2011

SUS oferecerá teste rápido para sífilis


O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde já capacitou 350 multiplicadores para treinar profissionais de saúde para implantar a testagem rápida. Até o final do ano, 680 técnicos estarão capacitados a orientar os serviços locais sobre como realizar o exame.
“Com a Rede Cegonha, o ministério quer garantir que 100% das gestantes e seus parceiros sexuais, tenham acesso ao exame de sífilis e, quando necessário, ao tratamento”, afirma o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A Rede Cegonha reúne a integração de serviços e medidas para a atenção à gestante e seu bebê, desde o planejamento familiar aos primeiros dias após o parto.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que a prevalência de sífilis em parturientes encontra-se em 1,6%, cerca de quatro vezes maior que a prevalência da infecção pelo HIV.
“O esforço é para conseguirmos eliminar a forma congênita da doença, aquela que é transmitida de mãe para filho, até o ano de 2015. Esses casos são inaceitáveis e revelam dificuldades de acesso a um pré-natal de qualidade que precisam ser superadas rapidamente”, diz o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
De 2000 a 2010, foram detectados no Brasil 54.141 casos de sífilis congênita em crianças menores de um ano de idade. Do total acumulado nesse período, a Região Sudeste registrou 24.260 (44,8%) casos; a Nordeste, 17.397 (32,1%); a Norte, 5.223 (9,6%); a Sul, 3.764 (7,0%); e a Centro-Oeste, 3.497 (6,5%).
Sinais e sintomas- A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e pode se manifestar de forma temporária, em três estágios. Os principais sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença. Com o desaparecimento dos sintomas, o que acontece com frequência, as pessoas se despreocupam e não buscam diagnóstico e tratamento. Sem o atendimento adequado, a doença pode comprometer a pele, os olhos, os ossos, o sistema cardiovascular e o sistema nervoso. Se não tratada, pode até levar à morte.
Além da transmissão vertical (de mãe para filho), a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado e por transfusão de sangue contaminado. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenção.
Fonte: Ministério da Saúde

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Resultado final das Campanhas de Vacinação contra a Pólio II Etapa e Seguimento contra o Sarampo

Dário Meira finaliza as Campanhas de Vacinação, contra a Paralisia Infantil e contra o Sarampo, com resultados positivos. Um dos fatores essenciais para o alcance das metas é a dedicação e compromisso da nossa Equipe de Saúde e Gestão Municipal. A VIGEP Municipal agradece a todos pelo excelente resultado.  
Abaixo nossa meta:

Campanha de Vacina
Meta Ministério da Saúde
Meta Alcançada
Poliomielite – II Etapa
> 95%
102,14%
Seguimento contra o Sarampo
> 95%
101,88%

Fonte: PNI / DATASUS / SMS Dário Meira

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Caso de Meningite Meningocócica confirmado em Dário Meira

Dário Meira teve 01 caso confirmado de Meningite Meningocócica. O caso foi de uma criança, de 08 anos, proveniente do distrito de Acaraci, sendo atendida inicialmente na UBS Otto Alencar na sede do município. Foi transferida pouco depois do atendimento para o HGI, seguindo para o HGPV onde permaneceu internada, vindo a falecer horas depois.O caso foi confirmado através de exames laboratoriais realizados pelo HGPV, sendo encaminhado ainda ao LACEN material para outros exames (aguardando resultados). A VIGEP Municipal solicitou à 13ª DIRES medicamento para quimioprofilaxia dos contatos familiares sendo ainda administrado no mesmo dia, à noite, no Posto de Acaraci. Os contatos receberam orientação sobre o agravo, sinais e sintomas e sobre a quimioprofilaxia recebida. As equipes de saúde do município também foram orientadas com esclarecimentos sobre algumas dúvidas em relação a quimioprofilaxia, já que é uma doença contagiosa grave e que causa grande preocupação. Porém, não há necessidade de realizar QP em todos que estavam na unidade durante o atendimento e que não tiveram contato com secreções. Estamos fazendo busca ativa nas Unidades de Saúde.



Meningite

1. O que é?


A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e medula espinhal.

 2. Qual o microrganismo envolvido? A meningite pode ser causada por diversos agentes  infecciosos, como: bactérias, vírus, fungos dentre outros, e  por agentes não infecciosos.

3. Quais os sintomas? Os principais sinais e sintomas são: (crianças acima de 1 ano de idade e adultos) febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele (petéquias).Em crianças menores de um ano de idade, os sintomas referidos acima podem não ser tão evidentes, devendo-se atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade,  inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.
 
4. Como se transmite? A transmissão é de pessoa a pessoa, por via respiratória, por meio de gotículas e secreções do nariz e garganta,  havendo necessidade de contato prolongado e convivência no mesmo ambiente (residentes da mesma casa, colega de dormitório, creche, alojamento).

5. Como tratar? Após a avaliação médica e análise preliminar de amostras clínicas do paciente, este ficará internado e o tratamento será realizado com antibióticos específicos.

6. Como se prevenir? A principal forma de prevenção é a detecção e o tratamento precoce dos casos, evitando-se que a doença seja transmitida a outras pessoas.Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningite, dentre estas, estão disponíveis no calendário básico de vacinação da criança: BCG que previne as formas graves de tuberculose, a vacina contra a meningite por Haemophilus influenza tipo b, pneumocócica 10-valente e a meningocócica conjugada C. Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e a higiene ambiental.  

Em contatos de casos de Doença Meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae está indicada a quimioprofilaxia, preferencialmente em até 48 horas da exposição à fonte de infecção, levando em consideração o tempo de transmissibilidade da doença. 

Fonte: Ministério da Saúde